sexta-feira, 23 de julho de 2010

Melancia na cabeça?


Um dos grandes objetivos deste blog foi comentar grandes ideias que realmente saem da caixa. Por conta disso, não dá pra deixar de comentar a grande sacada da agência de publicidade russa, Good, que resolveu inovar e criou uma linha de capacetes um pouco diferente e ousada, isso, pra não dizer criativa!

Batizada de "Experiência genética em capacetes de moto", os modelos trazem diversos designs curiosos, como um cérebro humano, uma raquete de tênis, uma melancia, uma bunda, entre outros. Agora dá até pra dizer para aquele seu amigo que gosta de aparecer pra ele pendurar uma melancia na cabeça. Literalmente!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quanto vale uma marca – Parte II





Há algum tempo eu postei um artigo neste blog comentando sobre o valor de uma marca e a importância de se zelar pelo que eu considero o valor maior de uma instituição. Hoje, comentarei sobre o Flamengo e o caso ‘Bruno’. O que me chama muito a atenção nisso tudo, é que o Flamengo, mesmo não tendo nada a ver com a situação de maneira direta, é citado em todos os momentos. Isso, é claro, devido a grandeza do clube. Agora a pergunta, o Flamengo tem culpa nisso? Eu, modestamente, entendo que parcialmente sim, pois não é de hoje que seus jogadores aprontam e prejudicam a imagem da instituição.

A imagem de um clube, assim como a de uma empresa, é algo muito importante e deve ser preservada, sempre. Um time de futebol, por exemplo, lida com a paixão e emoção das pessoas, o que também é um ponto de atenção. Aposto que ninguém da diretoria do Flamengo ou dos patrocinadores gostou de ver - há alguns meses – o Vagner Love em meio a fuzis nos morros cariocas, ou o Adriano suspeito de fornecer ‘brindes’ a traficantes. E olha que eu sou cético em dizer que todo mundo tem direito a ter amigo, independente se ele é bom ou ruim. O problema é o cuidado com a imagem. Jogador de futebol é ídolo de criança no Brasil, mas traficante também é.
Uma marca como a Olympikus, por exemplo, quando se associa a um clube de futebol espera criar associações alegres, otimistas e vencedoras; um crime, com certeza, joga tudo isso por água abaixo. Fazendo uma analogia irônica (pra não dizer ridícula), é como levar a sua filha pra fazer piquenique dentro do presídio. É uma associação que não combina.

Do ponto de vista de gestão de crise o Flamengo até que agiu rápido afastando o goleiro. Zico, também foi convocado para minimizar o problema e fez o seu papel, inclusive dizendo que sim, o clube tem certa culpa em todo este processo. A presidente do clube, Patrícia Amorim, mandou o atleta embora por justa, cogita processá-lo por danos à imagem do clube e ainda incluirá uma cláusula no contrato de todos os jogadores do Flamengo com uma multa em caso de prejuízo a imagem do clube. Decisão que eu entendo como acertadíssima!

Algo que pode contribuir e muito com os times de futebol no Brasil - é o estabelecimento de conceitos organizacionais como Missão, Visão e Valores, algo usual no mundo corporativo. Estes elementos, desde que bem alicerçados, ajudarão a guiar o clube no processo de contratação de atletas e guiarão os cartolas no sentido de avaliar se uma conduta extra campo foge a cartilha de valores da instituição. No mínimo isto é algo para se pensar.

sábado, 10 de julho de 2010

Chico Xavier ou “Ai que vergonha”?

Você gostou da logomarca da Copa do Mundo 2014? Eu não gostei! E não só pelo fato de a logomarca ser esteticamente muito feia, mas também por todo o processo de branding, que não considero ter sido muito bem conduzido. Alias, está correndo na internet que a logo já recebeu o apelido de Chico Xavier, por trazer a lembrança da mão do médium no momento em que ele psicografava. Outras brincadeiras – que sim devem ser consideradas pelos organizadores do evento – é que a logo lembra alguém com a mão na cara dizendo: “Aí que vergonha” ou “Putz, ferrou” e também que é uma alusão a taça Julies Rimet, que 'meteram a mão' no Brasil. Só espero que esta não seja a impressão que nós deixaremos ao final da Copa, nem pelo futebol apresentado e nem pela organização.
A criação, é claro, não pertence a publicitários brasileiros, que por sinal são extremamente consagrados internacionalmente, mas sim do estúdio francês Richard A. Buchel, que já trabalha com a UEFA. Discussões de design a parte, é mais uma demonstração da mania nacional de preferir criações gringas. Para se ter uma ideia, a primeira versão da logo saiu com Brasil escrito com ‘z’. Não dá, né? A Copa é em casa!
Entre os responsáveis pela escolha: Ricardo Teixeira, Ivete Sangalo, o secretário geral da FIFA, Jerome Valcke, Gisele Bundenchen, Hans Donner e Paulo Coelho. Li no blog ‘Perolas para porcos’ a seguinte conclusão, que por sinal achei muito boa e vou reproduzir: “Incrível que Niemayer tenha sido convidado para aprovar uma logo com curvas tão malfeitas, incrível que Gisele tenha sido convidada para aprovar uma logo sem um pingo de charme, incrível que Hans Donner tenha sido convidado para aprovar uma logo sem degradê, incrível que Paulo Coelho tenha sido convidado para aprovar uma logo sem nenhum conceito por trás e incrível que Ivete Sangalo tenha sido convidada pra aprovar uma logo qualquer”.

E você, o que achou?

sábado, 3 de julho de 2010

Complexo de vira latas de novo, não!



O dramaturgo Nelson Rodrigues já dizia: por 'complexo de vira-lata' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo’. A frase representa o sentimento nacional que foi criado em nosso país após a derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa de 50, noite conhecida até hoje como ‘Maracanaço’. Sim, os brasileiros (como sempre otimistas com futebol) acharam que já estava tudo ganho que não precisava nem entrar em campo naquela final. O resultado todo mundo já sabe! Derrota naquela que foi a mais sofrida derrocada brasileira em Copas.
Mas, por que eu estou falando nisso agora? Porque este sentimento de complexo de vira latas nunca acabou. Ele vai e volta de acordo com o desempenho do Brasil na Copa. Se ganhamos somos os melhores do mundo (muitas vezes ainda contestados como em 1994), mas se perdemos somos os piores, os fracassados, um verdadeiro fiasco. Eu – assim como o saudoso Nelson Rodrigues – acredito na seleção e vou acreditar sempre. Eu tenho ainda mais razão que o próprio Nelson para isso, pois estamos em outra época. Eu, com 25 anos, já vi a seleção ser campeã do mundo duas vezes. Ele, na época dele – ao lado apenas do seu irmão Mário Filho - eram os únicos da imprensa esportiva da época a acreditar na seleção e lutar contra o que ele chamava de ‘ufanismo invertido’. Era uma época ainda mais difícil e o descrédito era absoluto, isso, é claro, até a Copa de 1958, ano do primeiro título mundial do Brasil.
Ontem nos perdemos mais uma Copa. Saímos nas quartas de final diante da Holanda, que sim tem um bom time. Fizemos uma boa Copa? Não como se esperava, mas foi uma participação honrosa. Eu fiquei triste, é claro, mas não podemos esquecer de tradicionais times como França, Itália e Inglaterra que caíram antes das quartas, o que prova que o campeonato é difícil e o Brasil não é obrigado a ganhar todas as vezes, como muita gente pensa. Não podemos nos esquecer que recentemente chegamos em três finais seguidas (94, 98 e 2002) e ganhamos duas. Que outra seleção fez isso?
Para finalizar, relembro que o Brasil é o único time pentacampeão do mundo, o único a participar de todas as Copas; temos o artilheiro dos mundiais e uma respeitosa e consagrada participação neste eventos. Somos e sempre seremos respeitados pelo futebol que praticamos e não devemos – a cada derrota – resgatar o fantasma do complexo de vira latas.

Bola pra frente, 2014 está aí!