quinta-feira, 24 de junho de 2010

O futebol europeu que não se renova




Ao ver tradicionais seleções como França e Itália deixarem a primeira fase do maior torneio esportivo do mundo logo na primeira fase, passo a questionar: o que está acontecendo com o tradicional futebol da velha bota? Nesta Copa de 2010, o campeão e o vice de 2006 deixaram a desejar; isso pra não dizer que eles decepcionaram de verdade.

A França fez uma primeira fase ridícula. Já a Itália chegou a respirar e acreditar na classificação, porém, seu ‘maduro’ time não mostrou a mesma garra de quatro anos. Outras equipes europeias também não demonstraram a força que se esperava, como é o caso da Espanha, que mais uma vez decepcionou, e da Alemanha – que mesmo tendo feito uma grande estréia – não prosseguiu com o bom futebol nos outros jogos.

Enquanto isso, o futebol sulamericano tem sobrado no campeonato. Todos os representantes – pelo menos até agora – fizeram bons jogos e demonstraram estarem prontos para disputar de forma bastante competitiva a segunda fase. O Uruguai mostra muita garra, o Chile um bom futebol, o Paraguai a seriedade de sempre, a Argentina encanta, e o Brasil mostra a alegria e experiência do único time pentacampeão do mundo.

Mas, será que o futebol sulamericano é melhor que o Europeu? Eu não acredito nisso, acho que são duas grandes escolas e cada uma tem o seu valor e o seu estilo. O que ocorre, do meu ponto de vista, é que nos últimos anos a Europa não tem revelado ninguém. E por que não revela? Porque não para de importar jogadores. A Espanha por exemplo, é a eterna futura nova campeã do mundo, ouço isso há muitos anos, mas não vejo surgir nenhum grande jogador espanhol. A Itália idem. A Inter – atual campeã da Champions – praticamente não tem italianos no time.

Agora você pergunta, o que as seleções européias estão fazendo pra mudar? Investindo em categorias de base? Claro que não. Estão nacionalizando jogadores. E os exemplos são muitos, o argentino Camoranesi na Itália, os brasileiros Liedson, Deco e Pepe em Portugal, Cacau na Alemanha, Marcos Senna na Espanha e assim vai!

Tudo bem que nós – sulamericanos – passamos quatro anos engolindo um futebol ‘mais ou menos’ nos campeonatos nacionais, pois não temos os melhores jogadores do mundo jogando em nossos países, mas o prognóstico que se faz é que passaremos a sobrar em Copas do Mundo. E olha que não vai adiantar colocar a culpa na zebra, a não ser que a Venezuela um dia chegue a ser campeã do Mundo. Mas aí, aí já seria demais!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Grande sacada da Budweiser!


Como falei de Copa do Mundo em meu último artigo e a minha percepção em relação a possibilidades de negócio e exposição de marca durante o evento esportivo, não posso deixar de comentar a grande sacada da Budweiser (a verdadeira patrocinadora oficial da Copa). A cervejeira reuniu em uma casa na Cidade do Cabo 32 torcedores, um de cada seleção participante do torneio. Os competidores ficarão confinados durante um mês, enquanto acontecem os jogos do Mundial. O 'reality show', chamado de Bud house será transmitido pela web, com entre seis e oito episódios por dia, além de ter um aplicativo que permitirá transmissão ao vivo de dentro da casa. Diferente do BBB, os participantes serão eliminados de acordo com a eliminação das equipes que eles representam no torneio! Mais informações (http://www.budhouse.com/)

Grande ideia da Budweiser, hein! Sairam da caixa nesta!




segunda-feira, 7 de junho de 2010

Copa do Mundo: grandes oportunidades em Comunicação e marketing!



A Copa do Mundo chegou e com ela diversas oportunidades de negócio em marketing e comunicação. Empresas como um todo, grandes ou pequenas, gastam rios de dinheiro em ações promocionais e de propaganda. Agora a pergunta, vale a pena fazer um trabalho de divulgação de sua empresa ou produto voltado ao tema Copa do Mundo? Na minha opinião, é claro que vale!

Em primeiro lugar, Copa do Mundo é o maior evento esportivo mundial, nenhum outro consegue mexer tanto com o cotidiano das pessoas. No Brasil então, nem se fale, nada se compara! Vira uma verdadeira febre nacional.

Mas, o que e como fazer? Depende da empresa, do ramo de atividade e também do quanto se quer ou se pode gastar. Já vi empresas gastarem muito com bobagens e outras fazerem coisas incríveis com poucos recursos. A Ambev, que tem 'bala' pra gastar, ousou e entrou forte colocando a Brahma como patrocinadora oficial da Copa. Eu, sinceramente, tenho lá as minhas dúvidas em relação ao investimento. O que adianta a Brahma ser divulgada mundialmente durante os jogos se o cara lá do sul da Eslovênia não vai achá-la no mercado mais próximo? Acho que é um gasto bobo! E olha que eu adoro os comerciais da Brahma, o apelo do 'Guerreiro' é sensacional!

Tenho em mente que a estratégia feita com a Skol, também da Ambev, foi mais interessante. A lata de cerveja com alto falante foi demais. Nesta eles saíram da caixa, literalmente!

A Vivo fez uma promoção bem interessante também. Os clientes interagem com as mídias sociais como twitter, Youtube e concorrem a viagens para assistirem a Copa do Mundo. E o melhor, o cara que liga pra dar a notícia ao ganhador é o Pelé! Bem legal também! Outras marcas também fizeram coisas bem interessantes, como o Mc Donald's que fez um lanche temático para os principais países da Copa, a Havaianas que personalizou as sandálias com as cores dos times que fazem parte do Mundial, e muito mais!

Enfim, se a sua empresa não tem tanto recurso como a Ambev, a Vivo, o Mc Donalds ou a Havaianas vale qualquer ideia. Vale uma camiseta personalizada do Brasil com a sua marca estampada, uma bola, uma rodada de chopp pra cada Gol, enfim. Vale criar, vale inventar. Só não vale ficar dentro da caixa!

E olha que em tempos de Copa do Mundo nem é tão difícil assim pensar fora da caixa!

domingo, 6 de junho de 2010

Contestar Dunga, por que?







Se alguém me perguntar se eu concordo com a escalação do Dunga e com os jogadores que ele convocou pra seleção eu vou dizer que não. Não acho que Grafite, Josué, Elano e alguns outros estão no nível de uma seleção brasileira. Mas, na minha opinião, não dá pra contestar o trabalho que ele tem feito a frente da equipe canarinho. Aliás, os números não mentem e o trabalho dele, até agora, só pode ser exaltado. Campeão da Copa América, da Copa das Confederações e equipe líder das eliminatórias com direito a vitória e classificãção antecipada sobre a Argentina em Rosário. Nada melhor!

Que ele é chato, mal educado, ranzinza e não gosta da imprensa, tudo isso é fato e nós já sabemos. Mas, há quatro anos os mesmos que hoje criticam queriam alguém com este perfil a frente da seleção, ou não? Lembro-me muito bem. Logo que o Brasil caiu em 2006 diante da França de Zidane todos diziam: "A seleção está uma bagunça". "Falta liderança". "O Parreira não teve controle sobre as estrelas". "A seleção precisa de alguém de pulso firme".

Todos pediram e isso aconteceu. Dunga chegou, sem experiência, e impôs o seu ritmo de trabalho. Acabou com o 'estrelismo' e conseguiu criar um clima operário, sob a filosofia: 'um por todos e todos pela seleção'. Em 2006, na Alemanha, o Brasil tinha grandes jogadores, mas não tinha um time. Este ano, o Brasil pode não ter no elenco os melhores jogadores, mas, com certeza, tem um time e, mais do que isso, uma filosofia de trabalho. Adriano é um exemplo clássico do que estou dizendo. Ele até fazia parte dos planos do técnico, mas teve atitudes contrárias a filosofia de trabalho. Resultado: Ficou fora da Copa.

Dunga é um líder, é um vencedor, sempre foi, desde a época de capitão da seleção brasileira. Dá pra perceber que ele tem o respeito do grupo de jogadores que viajou pra África e que cada um que está lá jogará por si, pela pátria e também por ele. Ele conseguiu este respeito, o que entre 'boleiros', não é fácil.

Para finalizar, acho que o Brasil fará um grande mundial. Podemos até não levar o hexa, já que muitas outras grandes seleções também são favoritas e estão com grandes equipes, mas diferente de 2006, sairemos com a cabeça erguida.

Aos domigos e quintas escreverei sobre futebol!

sábado, 5 de junho de 2010

Comunicação e MKT a serviço das instituições



Hoje vou falar de duas coisas que eu gosto muito: Corinthians e Comunicação. O que uma coisa tem a ver com a outra? Basta voltar ao ano de 2007, ano em que o Corinthians se via mergulhado em uma crise sem tamanho. Dentro de campo, um time ridículo. Fora dele, o clube devia explicações ao Ministério Público por conta de uma sinistra parceria com um fundo internacional que suspeitava-se estar fazendo lavagem de dinheiro dentro do clube de Parque São Jorge. O resultado todo mundo já conhece, time na segunda divisão, uma imagem arranhada e dívidas astronômicas.
Eu não sou do tipo que acredita que para se dar um passo pra frente, primeiro é necessário dar dois para trás, mas no caso do Corinthians parece que isso funcionou.
Já em 2008, na segunda divisão, o time começou a se organizar e a lançar moda! Lançou no mercado a camiseta inspirada no grito da torcida, com o dizer ‘Eu nunca vou te abandonar’, em seguida, a polêmica camisa roxa e assim foi indo. Gostando ou não, a moda pegou e o clube percebeu que de fato tinha em mãos um produto e um público ‘fiel’ e disposto a gastar. O vice-presidente de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg, muito bom por sinal, percebeu o nicho que tinha em mãos e passou a criar cada vez mais. De lá pra cá, ele apostou em camisetas, lojas franqueadas, programas de fidelização ao torcedor, filmes, revistas, celulares, cruzeiros marítimos, títulos de capitalização, participação na Stock Car e muito mais. As ideias não pararam e a receita também.
Ronaldo ‘Fenômeno’ veio pra somar ainda mais e trouxe com ele mais oportunidades de receita para o clube. Resutado? Além de um time vencedor, dívidas amenizadas, uma imagem completamente restaurada e uma receita que quase triplicou em dois anos, saltando de 42, 5 milhões em 2007 para 110 milhões em 2009.
Ta vendo? Pensar fora da caixa faz a diferença!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quanto vale uma marca?


Talvez aqueles que não estejam no ramo da comunicação não entendam o valor de uma marca. Ao longo do tempo já participei de diversas discussões acerca do valor da comunicação, mais precisamente, do valor de uma marca e o quanto se ganha investindo nisto. Muitos ainda acham que se perde dinheiro. Inclusive, a própria APP (Associação dos Profissionais da Propaganda) realiza trabalhos fortíssimos para que se perca o estigma de que agregar valor a uma marca é perder dinheiro. Em pleno século XXI pensar isso é realmente uma grande bobagem!
Conheço muitos que dizem que não são influenciado pela propaganda. Eu tenho uma opinião diferente. Basta se imaginar em frente a uma gôndola de supermercado precisando escolher um produto. Você vê dois com o mesmo preço, um bastante conhecido (que você só conhece graças a propaganda) e o outro você nunca viu ou que viu parcialmente. Qual deles você escolhe? É claro que escolhe aquele que te proporcionou um recall maior, uma lembrança de marca maior. Não tenho dúvidas! A marca construiu um lugar no seu subsconsciente e - mesmo sem você saber o porquê - você opta por ela.
As marcas possuem personalidade. Tive uma professora no MBA que me fez fazer um raciocínio bem interessante: pensar em uma marca como se ela fosse uma pessoa. Por exemplo, se a Coca Cola fosse uma pessoa, que pessoa seria? Se a Nestlé fosse uma pessoa que pessoa seria? E a CCE, a Parmalat? Se trouxermos isso para o mundo corporativo o resultado é o mesmo. Imaginem neste momento pensarmos na British Petróleo, que pessoa esta empresa seria? Acho que o George Bush, o Darth Vader e o Freddy Kruegger disputariam o primeiro lugar, fácil, fácil.
O que eu quero dizer com tudo isso? O maior valor de uma empresa não são os funcionários (por mais que se diga o contrário), sua estrutura ou mesmo seu faturamento. É claro que tudo isso é importante, mas o maior bem de uma empresa é a sua marca ou a marca de seu produto. Tratá-la bem é essencial para que ela se posicione no mercado como Luke Skymalker e não como Darth Vader!

Esta foi a minha ideia fora da caixa de hoje!


Habemos Blog!

Já fazia algum tempo que eu estava ensaiando para ter um blog. Pensei no tema, no assunto, ensaiei fazer um projeto antes de colocar em prática, mas acabei não fazendo nada. Hoje, de folga, decidi botar a mão na massa. Ainda não gostei do layout, com certeza vou mexer, mas pelo menos já está no ar. Falar do que? do que eu acho que conheço um pouco, sobre Comunicação, minhas experiências, perspectivas, ideias, possibilidades, etc.

De qualquer forma, como eu não sou de ferro, pretendo às quintas e segundas dar meus pitacos sobre futebol.

Hasta la vista!