sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Viral do Zezé di Camargo & Luciano é sucesso na internet!

A pessoa na foto pode ser você, se você quiser e gostar, é claro!

Não sou amante da música sertaneja e estranhei quando recebi um e-mail enviado pelo Zezé di Camargo e Luciano com a música ‘Tapa na Cara’. Por curiosidade abri e fui ver a mensagem, era o clipe da nova música da dupla. E para a minha surpresa, vi que uma foto minha circulava no meio do clipe; minha foto circulava na carteira do cara, no outdoor, na capa das revistas. Muito engraçado! Logo percebi que era sacanagem de alguém, no caso, meu irmão.

Mas o que dá pra tirar de bom desta história é que a ideia é realmente muito boa. Depois da brincadeira, até acessei o site e repassei a gozação aos amigos. Porém, minha conclusão é que os marketeiros da dupla tiveram uma grande sacada, pois trata-se do primeiro clipe interativo do Brasil, um viral em que qualquer pessoa pode ir lá, colocar a foto sua ou do amigo e mandar por e-mail, ou seja, as pessoas participam do clipe de divulgação da música. Acessei o site oficial da dupla e o sucesso de acessos é absoluto, ou seja, de grão em grão a mensagem circula e a música vai ganhando força.

O que é fato é que hoje o Francisco, pai do Zezé e do Luciano, não precisa mais gastar tempo e fichas telefônicas pra promover a dupla ligando na rádio pra pedir a música. Hoje eles tem uma equipe de marketing muito boa, que pensa em boas idéias como esta.

Se você ainda não viu, acesse www.zezedicamargoeluciano.uol.com.br/clipe/ e tire a sua própria conclusão!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

'De Montão', grande ideia da Elma Chips!



Estava com este artigo guardado e decidi postá-lo somente agora. Muitas vezes não é necessário ‘redescobrir a roda’ ou fazer estudos mirabolantes pra ter uma ideia brilhante e enfim sair da caixa. A Elma Chips, por exemplo, acabou de lançar um salgadinho chamado ‘De Montão’, em que reúne o Doritos, o Baconzitos e a batata Ruffles em um único pacote.

Na verdade, fui eu quem inventei isso quando criança (rs...). Cansei de fazer este tipo de mistura, mas não patentei e aí o pessoal do marketing da Pepsico foi mais rápido! (rs...) Brincadeiras a parte, acho que este case prova que – muitas vezes – sequer é necessário gastar tanto dinheiro pra fazer algo criativo e inovador. Vi na internet algumas frentes contrárias, dizendo que não foi legal misturar o Doritos, que tem um tempero muito forte, com os outros salgadinhos. Acho que tudo isso tem que ser levado em consideração e neste ponto a internet é um importante canal de avaliação do produto, basta saber usar. Mas que a mistura é legal, isso é!

Inclusive, é importante dizer que a Elma Chips, nos últimos anos, tem buscado coisas novas e que tem agregado muito para o seu produto. Recentemente, eles lançaram a batata ‘Sensações’, linha de snacks temperada com ingredientes especiais, e também o Natuchips, que foi inspirado na culinária brasileira e traz sabores inovadores para o segmento, como mandioquinha e inhame
Tenho apenas uma observação em relação ao ‘De Montão’. Faltou investir em propaganda. Não vi um comercial de TV, um banner em ponto de venda, nada! Acho que valeria a pena ‘gritar mais’ pela grande novidade.

Alô Elma Chips! Espero agora um combo com Cebolitos, Fandangos e Cheetos! Será que dá certo?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sua empresa se comunica bem?


Já dizem os grandes publicitários e profissionais da comunicação. “Todo mundo come ovo de galinha porque a galinha quando bota berra. Já a pata, que tem um ovo muito maior, bota e fica quieta, por isso não chama a atenção de ninguém”. Destaco este ditado popular pra fazer uma pequena analogia a postura com que as empresas aparecem no mercado hoje. Muitas vezes a empresa é boa, tem potencial, é bem gerenciada, tem mercado para atuar, um bom produto ou serviço, mas acaba não emplacando porque esquece que precisa aparecer e ser notada.

A maneira com que uma empresa dialoga com seu mercado consumidor é fundamental e extremamente importante para o seu sucesso. Dialogar de maneira inteligente é um diferencial competitivo. Ficar omisso a ‘síndrome da pata’ pode atrapalhar qualquer negócio. Mas, como cuidar da imagem de uma empresa? Quando se fala sobre este assunto, muitas vezes o empresário ou comerciante pensa que precisará gastar rios de dinheiro com um anúncio no jornal ou um comercial na televisão. As mídias tradicionais são importantes, mas as vezes não se enquadram na realidade de uma empresa e nem precisam ser cogitadas. Por exemplo, porque a doceria do ‘Seo Joaquim’ precisa ir pra televisão? Não é relevante, não tem público pra isso. Porém, ele pode explorar outros meios que trarão um ótimo retorno.

O que me chama muito a atenção é que muitas pequenas empresas hoje sequer possuem um site na internet. Me refiro a comércios populares, micro empresas. E a explicação para isso é o custo. Sou cético em dizer, o que precisa mudar é a mentalidade das pessoas, foi-se o tempo que a comunicação era vista como gasto. Comunicação é investimento, se bem aplicado trará muitos retornos, pode ter certeza!

Uma comunicação bem feita é ter uma identidade visual bem definida, uma logomarca que você possa fixar na cabeça das pessoas. É ter uma boa fachada. Sim, ter uma boa fachada é fundamental, é o cartão de visitas da empresa. Não devemos acreditar naquele papo de Vó de que o importante é o interior. Comunicação é o atendimento ao cliente, é ter um material institucional do seu produto pra entregar para as pessoas. Comunicação é ter um cartão de visitas e entregá-lo sempre, mesmo que você esteja na sala de espera do consultório do dentista. Comunicação é ter um site, um blog porque não? talvez um twitter. Fazer comunicação é pensar que o seu cliente faz aniversário e pode adorar receber um cartão. Comunicação é oferecer um brinde, é pensar em reter clientes e também em atrair novos e aí se encaixam as promoções, que ao contrário do que muitos pensam, não é necessário gastar muito para ter um bom resultado. Se você pode gastar, ótimo, o resultado será excelente, mas se não pode, basta ter criatividade.

E importante deixar claro que é necessário um bom assessoramento para que um bom trabalho de comunicação/marketing seja feito. Mesmo muita gente achando que de comunicação qualquer um entende, as coisas não são bem assim e o tiro pode sair pela culatra. Uma comunicação mal feita pode levar a sérias conseqüências e danos a imagem de uma instituição.

Para provar que não precisa ser uma multinacional pra investir de maneira acertada em comunicação, vou citar uma empresa de revenda de gás de Piracicaba, chamada Dé do Gás. É importante eu dizer que não tenho nenhum relacionamento com eles, nem os conheço e muito menos tenho algum interesse em divulgá-los comercialmente, mas acho fantástico o trabalho que eles fazem sob o aspecto de comunicação. A empresa tem uma identidade visual bem definida, uma mascote, um site excelente, com informações muito bem distribuídas, toda uma frota de carros personalizada, um jingle, sem contar que realizam promoções sensacionais voltadas a donas de casa.

Acesse: (www.dedogas.com.br) Vale a pena! Veja como é possível aparecer bem e sair da caixa!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mídias Sociais: o terror do assessor de imprensa!

Vi hoje o vídeo que está circulando na internet com os jogadores do Santos, em que eles - em clima de brincadeira - abriram um chat após o último jogo do time para dialogarem com os torcedores. Como em qualquer mídia social, os internautas falaram o que quiseram; o problema é que os jogadores do Santos não estavam preparados para estarem ali, administrando isso e falaram um monte de bobagem, rebateram críticas e ofenderam torcedores.
Eu, particularmente, acho que não foi nada tão grave, como boa parte da imprensa tem noticiado, mas foi uma situação delicada e que deve ter deixado o assessor de imprensa e toda a diretoria do Santos bastante irritados.

O que é fato é que as mídias sociais estão por aí, são uma tendência e sim devem ser exploradas por famosos e anônimos, não dá pra fugir. Hoje, qualquer pessoa tem um perfil no Orkut, Facebook, Twitter, entre outros. O Twitter, por exemplo, é uma ferramenta que aproxima famosos de anônimos. O problema é que se a pessoa é pública, ou representa alguma instituição, o risco da exposição é ainda maior.

Não sou expert no assunto, mas no caso de famosos, estar exposto a mídias sociais requer uma grande cautela para que aquilo que é dito, não se volte contra a imagem da pessoa. Os jogadores do Santos, por exemplo, grande parte deles possui perfil no Twitter. Mas, será que a assessoria de imprensa do clube tem controle sobre tudo que é dito? O trabalho do assessor de imprensa hoje é ainda maior devido a dimensão das ferramentas de web. Hoje, todo o cuidado com a imagem é pouco! Algo errado que porventura cair na rede, é como jogar um travesseiro de pena de cima de um prédio, você até pode recolher boa parte das penas, mas nunca vai conseguir recolher tudo.

Eu, por exemplo, já vi vários famosos falando muita porcaria no twitter, de jogador de futebol a apresentador de TV e, inclusive vi depois algumas pessoas tentarem se redimirem dos ‘exageros’ de um post mal colocado.

Os jogadores do Santos erraram. Eles não tiveram a dimensão da grandeza do clube e também do que eles representam para a instituição. Eles não tiveram inteligência psicológica para agüentar as gozações de torcedores (o que realmente não é fácil) e acabaram prejudicando a imagem do clube.

Porém, acho que o susto não foi em vão. Li já em algum lugar que o Santos está preparando uma cartilha adicional focada em web pra instruir os jogadores sobre como se comportarem. Acho que já é algo válido!

Abaixo o vídeo na integra! Tire sua própria conclusão!


Ideia que arrebenta com a caixa!



Acabei de ver na internet este case do MC Donald’s, realizado em Zurique na Suíça. A batata frita reproduz a faixa de pedestre em uma rua movimentada da cidade! Este tipo de estratégia de comunicação de marca é chamada de comunicação de guerrilha. Eu particularmente surto quando vejo algo deste tipo! Muito bom!

Esta é uma forma de o consumidor interagir com a marca e percebê-la de uma forma inusitada! E depois há quem diga que investir em marca não vale a pena! Imaginem quantas pessoas só de passar em cima da linha de pedestres não sentiram vontade de passar no Mc Donald’s mais próximo? Hein? Até os Beatles, no célebre álbum do Abbey Road ficariam com vontade!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Melancia na cabeça?


Um dos grandes objetivos deste blog foi comentar grandes ideias que realmente saem da caixa. Por conta disso, não dá pra deixar de comentar a grande sacada da agência de publicidade russa, Good, que resolveu inovar e criou uma linha de capacetes um pouco diferente e ousada, isso, pra não dizer criativa!

Batizada de "Experiência genética em capacetes de moto", os modelos trazem diversos designs curiosos, como um cérebro humano, uma raquete de tênis, uma melancia, uma bunda, entre outros. Agora dá até pra dizer para aquele seu amigo que gosta de aparecer pra ele pendurar uma melancia na cabeça. Literalmente!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Quanto vale uma marca – Parte II





Há algum tempo eu postei um artigo neste blog comentando sobre o valor de uma marca e a importância de se zelar pelo que eu considero o valor maior de uma instituição. Hoje, comentarei sobre o Flamengo e o caso ‘Bruno’. O que me chama muito a atenção nisso tudo, é que o Flamengo, mesmo não tendo nada a ver com a situação de maneira direta, é citado em todos os momentos. Isso, é claro, devido a grandeza do clube. Agora a pergunta, o Flamengo tem culpa nisso? Eu, modestamente, entendo que parcialmente sim, pois não é de hoje que seus jogadores aprontam e prejudicam a imagem da instituição.

A imagem de um clube, assim como a de uma empresa, é algo muito importante e deve ser preservada, sempre. Um time de futebol, por exemplo, lida com a paixão e emoção das pessoas, o que também é um ponto de atenção. Aposto que ninguém da diretoria do Flamengo ou dos patrocinadores gostou de ver - há alguns meses – o Vagner Love em meio a fuzis nos morros cariocas, ou o Adriano suspeito de fornecer ‘brindes’ a traficantes. E olha que eu sou cético em dizer que todo mundo tem direito a ter amigo, independente se ele é bom ou ruim. O problema é o cuidado com a imagem. Jogador de futebol é ídolo de criança no Brasil, mas traficante também é.
Uma marca como a Olympikus, por exemplo, quando se associa a um clube de futebol espera criar associações alegres, otimistas e vencedoras; um crime, com certeza, joga tudo isso por água abaixo. Fazendo uma analogia irônica (pra não dizer ridícula), é como levar a sua filha pra fazer piquenique dentro do presídio. É uma associação que não combina.

Do ponto de vista de gestão de crise o Flamengo até que agiu rápido afastando o goleiro. Zico, também foi convocado para minimizar o problema e fez o seu papel, inclusive dizendo que sim, o clube tem certa culpa em todo este processo. A presidente do clube, Patrícia Amorim, mandou o atleta embora por justa, cogita processá-lo por danos à imagem do clube e ainda incluirá uma cláusula no contrato de todos os jogadores do Flamengo com uma multa em caso de prejuízo a imagem do clube. Decisão que eu entendo como acertadíssima!

Algo que pode contribuir e muito com os times de futebol no Brasil - é o estabelecimento de conceitos organizacionais como Missão, Visão e Valores, algo usual no mundo corporativo. Estes elementos, desde que bem alicerçados, ajudarão a guiar o clube no processo de contratação de atletas e guiarão os cartolas no sentido de avaliar se uma conduta extra campo foge a cartilha de valores da instituição. No mínimo isto é algo para se pensar.

sábado, 10 de julho de 2010

Chico Xavier ou “Ai que vergonha”?

Você gostou da logomarca da Copa do Mundo 2014? Eu não gostei! E não só pelo fato de a logomarca ser esteticamente muito feia, mas também por todo o processo de branding, que não considero ter sido muito bem conduzido. Alias, está correndo na internet que a logo já recebeu o apelido de Chico Xavier, por trazer a lembrança da mão do médium no momento em que ele psicografava. Outras brincadeiras – que sim devem ser consideradas pelos organizadores do evento – é que a logo lembra alguém com a mão na cara dizendo: “Aí que vergonha” ou “Putz, ferrou” e também que é uma alusão a taça Julies Rimet, que 'meteram a mão' no Brasil. Só espero que esta não seja a impressão que nós deixaremos ao final da Copa, nem pelo futebol apresentado e nem pela organização.
A criação, é claro, não pertence a publicitários brasileiros, que por sinal são extremamente consagrados internacionalmente, mas sim do estúdio francês Richard A. Buchel, que já trabalha com a UEFA. Discussões de design a parte, é mais uma demonstração da mania nacional de preferir criações gringas. Para se ter uma ideia, a primeira versão da logo saiu com Brasil escrito com ‘z’. Não dá, né? A Copa é em casa!
Entre os responsáveis pela escolha: Ricardo Teixeira, Ivete Sangalo, o secretário geral da FIFA, Jerome Valcke, Gisele Bundenchen, Hans Donner e Paulo Coelho. Li no blog ‘Perolas para porcos’ a seguinte conclusão, que por sinal achei muito boa e vou reproduzir: “Incrível que Niemayer tenha sido convidado para aprovar uma logo com curvas tão malfeitas, incrível que Gisele tenha sido convidada para aprovar uma logo sem um pingo de charme, incrível que Hans Donner tenha sido convidado para aprovar uma logo sem degradê, incrível que Paulo Coelho tenha sido convidado para aprovar uma logo sem nenhum conceito por trás e incrível que Ivete Sangalo tenha sido convidada pra aprovar uma logo qualquer”.

E você, o que achou?

sábado, 3 de julho de 2010

Complexo de vira latas de novo, não!



O dramaturgo Nelson Rodrigues já dizia: por 'complexo de vira-lata' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo’. A frase representa o sentimento nacional que foi criado em nosso país após a derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa de 50, noite conhecida até hoje como ‘Maracanaço’. Sim, os brasileiros (como sempre otimistas com futebol) acharam que já estava tudo ganho que não precisava nem entrar em campo naquela final. O resultado todo mundo já sabe! Derrota naquela que foi a mais sofrida derrocada brasileira em Copas.
Mas, por que eu estou falando nisso agora? Porque este sentimento de complexo de vira latas nunca acabou. Ele vai e volta de acordo com o desempenho do Brasil na Copa. Se ganhamos somos os melhores do mundo (muitas vezes ainda contestados como em 1994), mas se perdemos somos os piores, os fracassados, um verdadeiro fiasco. Eu – assim como o saudoso Nelson Rodrigues – acredito na seleção e vou acreditar sempre. Eu tenho ainda mais razão que o próprio Nelson para isso, pois estamos em outra época. Eu, com 25 anos, já vi a seleção ser campeã do mundo duas vezes. Ele, na época dele – ao lado apenas do seu irmão Mário Filho - eram os únicos da imprensa esportiva da época a acreditar na seleção e lutar contra o que ele chamava de ‘ufanismo invertido’. Era uma época ainda mais difícil e o descrédito era absoluto, isso, é claro, até a Copa de 1958, ano do primeiro título mundial do Brasil.
Ontem nos perdemos mais uma Copa. Saímos nas quartas de final diante da Holanda, que sim tem um bom time. Fizemos uma boa Copa? Não como se esperava, mas foi uma participação honrosa. Eu fiquei triste, é claro, mas não podemos esquecer de tradicionais times como França, Itália e Inglaterra que caíram antes das quartas, o que prova que o campeonato é difícil e o Brasil não é obrigado a ganhar todas as vezes, como muita gente pensa. Não podemos nos esquecer que recentemente chegamos em três finais seguidas (94, 98 e 2002) e ganhamos duas. Que outra seleção fez isso?
Para finalizar, relembro que o Brasil é o único time pentacampeão do mundo, o único a participar de todas as Copas; temos o artilheiro dos mundiais e uma respeitosa e consagrada participação neste eventos. Somos e sempre seremos respeitados pelo futebol que praticamos e não devemos – a cada derrota – resgatar o fantasma do complexo de vira latas.

Bola pra frente, 2014 está aí!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O futebol europeu que não se renova




Ao ver tradicionais seleções como França e Itália deixarem a primeira fase do maior torneio esportivo do mundo logo na primeira fase, passo a questionar: o que está acontecendo com o tradicional futebol da velha bota? Nesta Copa de 2010, o campeão e o vice de 2006 deixaram a desejar; isso pra não dizer que eles decepcionaram de verdade.

A França fez uma primeira fase ridícula. Já a Itália chegou a respirar e acreditar na classificação, porém, seu ‘maduro’ time não mostrou a mesma garra de quatro anos. Outras equipes europeias também não demonstraram a força que se esperava, como é o caso da Espanha, que mais uma vez decepcionou, e da Alemanha – que mesmo tendo feito uma grande estréia – não prosseguiu com o bom futebol nos outros jogos.

Enquanto isso, o futebol sulamericano tem sobrado no campeonato. Todos os representantes – pelo menos até agora – fizeram bons jogos e demonstraram estarem prontos para disputar de forma bastante competitiva a segunda fase. O Uruguai mostra muita garra, o Chile um bom futebol, o Paraguai a seriedade de sempre, a Argentina encanta, e o Brasil mostra a alegria e experiência do único time pentacampeão do mundo.

Mas, será que o futebol sulamericano é melhor que o Europeu? Eu não acredito nisso, acho que são duas grandes escolas e cada uma tem o seu valor e o seu estilo. O que ocorre, do meu ponto de vista, é que nos últimos anos a Europa não tem revelado ninguém. E por que não revela? Porque não para de importar jogadores. A Espanha por exemplo, é a eterna futura nova campeã do mundo, ouço isso há muitos anos, mas não vejo surgir nenhum grande jogador espanhol. A Itália idem. A Inter – atual campeã da Champions – praticamente não tem italianos no time.

Agora você pergunta, o que as seleções européias estão fazendo pra mudar? Investindo em categorias de base? Claro que não. Estão nacionalizando jogadores. E os exemplos são muitos, o argentino Camoranesi na Itália, os brasileiros Liedson, Deco e Pepe em Portugal, Cacau na Alemanha, Marcos Senna na Espanha e assim vai!

Tudo bem que nós – sulamericanos – passamos quatro anos engolindo um futebol ‘mais ou menos’ nos campeonatos nacionais, pois não temos os melhores jogadores do mundo jogando em nossos países, mas o prognóstico que se faz é que passaremos a sobrar em Copas do Mundo. E olha que não vai adiantar colocar a culpa na zebra, a não ser que a Venezuela um dia chegue a ser campeã do Mundo. Mas aí, aí já seria demais!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Grande sacada da Budweiser!


Como falei de Copa do Mundo em meu último artigo e a minha percepção em relação a possibilidades de negócio e exposição de marca durante o evento esportivo, não posso deixar de comentar a grande sacada da Budweiser (a verdadeira patrocinadora oficial da Copa). A cervejeira reuniu em uma casa na Cidade do Cabo 32 torcedores, um de cada seleção participante do torneio. Os competidores ficarão confinados durante um mês, enquanto acontecem os jogos do Mundial. O 'reality show', chamado de Bud house será transmitido pela web, com entre seis e oito episódios por dia, além de ter um aplicativo que permitirá transmissão ao vivo de dentro da casa. Diferente do BBB, os participantes serão eliminados de acordo com a eliminação das equipes que eles representam no torneio! Mais informações (http://www.budhouse.com/)

Grande ideia da Budweiser, hein! Sairam da caixa nesta!




segunda-feira, 7 de junho de 2010

Copa do Mundo: grandes oportunidades em Comunicação e marketing!



A Copa do Mundo chegou e com ela diversas oportunidades de negócio em marketing e comunicação. Empresas como um todo, grandes ou pequenas, gastam rios de dinheiro em ações promocionais e de propaganda. Agora a pergunta, vale a pena fazer um trabalho de divulgação de sua empresa ou produto voltado ao tema Copa do Mundo? Na minha opinião, é claro que vale!

Em primeiro lugar, Copa do Mundo é o maior evento esportivo mundial, nenhum outro consegue mexer tanto com o cotidiano das pessoas. No Brasil então, nem se fale, nada se compara! Vira uma verdadeira febre nacional.

Mas, o que e como fazer? Depende da empresa, do ramo de atividade e também do quanto se quer ou se pode gastar. Já vi empresas gastarem muito com bobagens e outras fazerem coisas incríveis com poucos recursos. A Ambev, que tem 'bala' pra gastar, ousou e entrou forte colocando a Brahma como patrocinadora oficial da Copa. Eu, sinceramente, tenho lá as minhas dúvidas em relação ao investimento. O que adianta a Brahma ser divulgada mundialmente durante os jogos se o cara lá do sul da Eslovênia não vai achá-la no mercado mais próximo? Acho que é um gasto bobo! E olha que eu adoro os comerciais da Brahma, o apelo do 'Guerreiro' é sensacional!

Tenho em mente que a estratégia feita com a Skol, também da Ambev, foi mais interessante. A lata de cerveja com alto falante foi demais. Nesta eles saíram da caixa, literalmente!

A Vivo fez uma promoção bem interessante também. Os clientes interagem com as mídias sociais como twitter, Youtube e concorrem a viagens para assistirem a Copa do Mundo. E o melhor, o cara que liga pra dar a notícia ao ganhador é o Pelé! Bem legal também! Outras marcas também fizeram coisas bem interessantes, como o Mc Donald's que fez um lanche temático para os principais países da Copa, a Havaianas que personalizou as sandálias com as cores dos times que fazem parte do Mundial, e muito mais!

Enfim, se a sua empresa não tem tanto recurso como a Ambev, a Vivo, o Mc Donalds ou a Havaianas vale qualquer ideia. Vale uma camiseta personalizada do Brasil com a sua marca estampada, uma bola, uma rodada de chopp pra cada Gol, enfim. Vale criar, vale inventar. Só não vale ficar dentro da caixa!

E olha que em tempos de Copa do Mundo nem é tão difícil assim pensar fora da caixa!

domingo, 6 de junho de 2010

Contestar Dunga, por que?







Se alguém me perguntar se eu concordo com a escalação do Dunga e com os jogadores que ele convocou pra seleção eu vou dizer que não. Não acho que Grafite, Josué, Elano e alguns outros estão no nível de uma seleção brasileira. Mas, na minha opinião, não dá pra contestar o trabalho que ele tem feito a frente da equipe canarinho. Aliás, os números não mentem e o trabalho dele, até agora, só pode ser exaltado. Campeão da Copa América, da Copa das Confederações e equipe líder das eliminatórias com direito a vitória e classificãção antecipada sobre a Argentina em Rosário. Nada melhor!

Que ele é chato, mal educado, ranzinza e não gosta da imprensa, tudo isso é fato e nós já sabemos. Mas, há quatro anos os mesmos que hoje criticam queriam alguém com este perfil a frente da seleção, ou não? Lembro-me muito bem. Logo que o Brasil caiu em 2006 diante da França de Zidane todos diziam: "A seleção está uma bagunça". "Falta liderança". "O Parreira não teve controle sobre as estrelas". "A seleção precisa de alguém de pulso firme".

Todos pediram e isso aconteceu. Dunga chegou, sem experiência, e impôs o seu ritmo de trabalho. Acabou com o 'estrelismo' e conseguiu criar um clima operário, sob a filosofia: 'um por todos e todos pela seleção'. Em 2006, na Alemanha, o Brasil tinha grandes jogadores, mas não tinha um time. Este ano, o Brasil pode não ter no elenco os melhores jogadores, mas, com certeza, tem um time e, mais do que isso, uma filosofia de trabalho. Adriano é um exemplo clássico do que estou dizendo. Ele até fazia parte dos planos do técnico, mas teve atitudes contrárias a filosofia de trabalho. Resultado: Ficou fora da Copa.

Dunga é um líder, é um vencedor, sempre foi, desde a época de capitão da seleção brasileira. Dá pra perceber que ele tem o respeito do grupo de jogadores que viajou pra África e que cada um que está lá jogará por si, pela pátria e também por ele. Ele conseguiu este respeito, o que entre 'boleiros', não é fácil.

Para finalizar, acho que o Brasil fará um grande mundial. Podemos até não levar o hexa, já que muitas outras grandes seleções também são favoritas e estão com grandes equipes, mas diferente de 2006, sairemos com a cabeça erguida.

Aos domigos e quintas escreverei sobre futebol!

sábado, 5 de junho de 2010

Comunicação e MKT a serviço das instituições



Hoje vou falar de duas coisas que eu gosto muito: Corinthians e Comunicação. O que uma coisa tem a ver com a outra? Basta voltar ao ano de 2007, ano em que o Corinthians se via mergulhado em uma crise sem tamanho. Dentro de campo, um time ridículo. Fora dele, o clube devia explicações ao Ministério Público por conta de uma sinistra parceria com um fundo internacional que suspeitava-se estar fazendo lavagem de dinheiro dentro do clube de Parque São Jorge. O resultado todo mundo já conhece, time na segunda divisão, uma imagem arranhada e dívidas astronômicas.
Eu não sou do tipo que acredita que para se dar um passo pra frente, primeiro é necessário dar dois para trás, mas no caso do Corinthians parece que isso funcionou.
Já em 2008, na segunda divisão, o time começou a se organizar e a lançar moda! Lançou no mercado a camiseta inspirada no grito da torcida, com o dizer ‘Eu nunca vou te abandonar’, em seguida, a polêmica camisa roxa e assim foi indo. Gostando ou não, a moda pegou e o clube percebeu que de fato tinha em mãos um produto e um público ‘fiel’ e disposto a gastar. O vice-presidente de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg, muito bom por sinal, percebeu o nicho que tinha em mãos e passou a criar cada vez mais. De lá pra cá, ele apostou em camisetas, lojas franqueadas, programas de fidelização ao torcedor, filmes, revistas, celulares, cruzeiros marítimos, títulos de capitalização, participação na Stock Car e muito mais. As ideias não pararam e a receita também.
Ronaldo ‘Fenômeno’ veio pra somar ainda mais e trouxe com ele mais oportunidades de receita para o clube. Resutado? Além de um time vencedor, dívidas amenizadas, uma imagem completamente restaurada e uma receita que quase triplicou em dois anos, saltando de 42, 5 milhões em 2007 para 110 milhões em 2009.
Ta vendo? Pensar fora da caixa faz a diferença!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quanto vale uma marca?


Talvez aqueles que não estejam no ramo da comunicação não entendam o valor de uma marca. Ao longo do tempo já participei de diversas discussões acerca do valor da comunicação, mais precisamente, do valor de uma marca e o quanto se ganha investindo nisto. Muitos ainda acham que se perde dinheiro. Inclusive, a própria APP (Associação dos Profissionais da Propaganda) realiza trabalhos fortíssimos para que se perca o estigma de que agregar valor a uma marca é perder dinheiro. Em pleno século XXI pensar isso é realmente uma grande bobagem!
Conheço muitos que dizem que não são influenciado pela propaganda. Eu tenho uma opinião diferente. Basta se imaginar em frente a uma gôndola de supermercado precisando escolher um produto. Você vê dois com o mesmo preço, um bastante conhecido (que você só conhece graças a propaganda) e o outro você nunca viu ou que viu parcialmente. Qual deles você escolhe? É claro que escolhe aquele que te proporcionou um recall maior, uma lembrança de marca maior. Não tenho dúvidas! A marca construiu um lugar no seu subsconsciente e - mesmo sem você saber o porquê - você opta por ela.
As marcas possuem personalidade. Tive uma professora no MBA que me fez fazer um raciocínio bem interessante: pensar em uma marca como se ela fosse uma pessoa. Por exemplo, se a Coca Cola fosse uma pessoa, que pessoa seria? Se a Nestlé fosse uma pessoa que pessoa seria? E a CCE, a Parmalat? Se trouxermos isso para o mundo corporativo o resultado é o mesmo. Imaginem neste momento pensarmos na British Petróleo, que pessoa esta empresa seria? Acho que o George Bush, o Darth Vader e o Freddy Kruegger disputariam o primeiro lugar, fácil, fácil.
O que eu quero dizer com tudo isso? O maior valor de uma empresa não são os funcionários (por mais que se diga o contrário), sua estrutura ou mesmo seu faturamento. É claro que tudo isso é importante, mas o maior bem de uma empresa é a sua marca ou a marca de seu produto. Tratá-la bem é essencial para que ela se posicione no mercado como Luke Skymalker e não como Darth Vader!

Esta foi a minha ideia fora da caixa de hoje!


Habemos Blog!

Já fazia algum tempo que eu estava ensaiando para ter um blog. Pensei no tema, no assunto, ensaiei fazer um projeto antes de colocar em prática, mas acabei não fazendo nada. Hoje, de folga, decidi botar a mão na massa. Ainda não gostei do layout, com certeza vou mexer, mas pelo menos já está no ar. Falar do que? do que eu acho que conheço um pouco, sobre Comunicação, minhas experiências, perspectivas, ideias, possibilidades, etc.

De qualquer forma, como eu não sou de ferro, pretendo às quintas e segundas dar meus pitacos sobre futebol.

Hasta la vista!